21.11.11

À La Garçonne | Moda do Século XX [parte II]

Pouco antes do início da I Guerra Mundial houve uma nova modificação na linha geral da vestimenta feminina. Sobre a saia muito comprida e justa nos tornozelos, usava-se outra saia,  uma espécie de túnica que ia até pouco abaixo dos joelhos. A forma dos chapéus também se modificou, tornando-se pequenos e bem ajustados à cabeça, adornados com plumas, não mais enroladas à aba, mas sim, eretas.


Com o avanço da guerra e da necessidade da mulher trabalhar, o hábito da dupla saia foi sendo abandonado, pois era bastante incômodo. A próxima mudança só foi sentido já no final do conflito, em 1918 na Inglaterra com a introdução do vestido “padrão nacional”, que era uma roupa prática, com fivelas de metal em lugar dos colchetes e que podia ser usado na maioria das ocasiões. Em 1919 a moda retoma o ritmo, a saia justa foi substituída pela linha “barril”. O efeito era completamente tubular. A saia permanecia longa, mas era como um cilindro dentro do qual se acomodava o corpo.

  

Uma tendência nessa época foi a de abafar o busto, e algumas mulheres chegavam até a usar achatadores para se adaptarem à moda. A cintura desapareceu por completo e começa a aparecer o desenho da cintura em torno do quadril, que seria um marco da época. 

Em 1925 aconteceu aquilo que é considerado a primeira revolução no vestuário feminino no séc. XX: chegaram as saias curtas, cobrindo apenas os joelhos. Isso causou verdadeiro escândalo e eram condenadas em toda parte. Chegou-se a dizer que um terremoto ocorrido na Itália tinha sido causado pela vingança de Deus contra o uso da saia curta. Foi proibida para maiores de 14 anos, mas a resistência foi grande e fez surgir um novo tipo de mulher.

 

O novo sensual nessa época era a Androginia. As curvas femininas desapareceram, os cabelos se tornaram curtos e lisos, culminando por volta de 1927, com o estilo à la garçonne, que marcou época. O chapéu ainda era uma peça imprescindível e o estilo era o cloche. O que diferenciava a garota do rapaz eram os lábios vermelhos e sobrancelhas fortemente realçadas a lápis. Como era uma criação inglesa, a moda francesa entrou em decadência, mas em compensação começaram a surgir novos nomes, sintonizados com os novos tempos, como Madame Paquim, Madeleine Vionnet e a mais marcante de todas que foi Coco Chanel, que reinou absoluta por vários anos até o aparecimento de Elza Schiaparelli, que foi responsável pela introdução de “roupas boas da classe trabalhadora na sociedade”.


No final da década de 20 as saias repentinamente começaram a ficar mais longas, até por pressão dos fabricantes de tecidos, e a cintura retornou ao seu lugar. O chapéu cloche foi abandonado os cabelos voltaram a crescer.

No próximo post: Anos 30 e a Grande Depressão.

3 comentários:

  1. Adorei o post e saber um pouco mais sobre a história da moda.
    Beijinhos
    Nai Melo

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  2. Oi!

    Sempre leio os seus posts, mas é a 1ª vez que comento!

    Gostei muito do texto, achei bem escrito! :D


    Beijão!

    izabellaniquito.blogspot.com

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  3. Adoro! Meu twitter tem esse estilo <3

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